HHC: a verdade sobre este novo canabinoide

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não são medicamentos;
são obtidos a partir de variedades de cânhamo inscritas no Registro Comum Europeu e em conformidade com os outros requisitos previstos pela lei 242/2016;
foram devidamente notificados no Portal Europeu dos Produtos Cosméticos (CPNP).

Os nossos artigos de blog têm exclusivamente fins informativos e não pretendem qualificar os nossos produtos como medicamentos nem atribuir-lhes propriedades terapêuticas.

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Desde 13 de julho de 2023, o Ministério da Saúde italiano incluiu o HHC na tabela de substâncias estupefacientes e psicotrópicas, tornando-o, de facto, ilegal.

Ultimamente no setor deCBDpt
Fala-se muito sobre um novo canabinoide que se encontra naturalmente na planta Cannabis sativa: o HHC. O HHC atraiu a atenção de pesquisadores e produtores, que listaram os diversos benefícios para a saúde humana, mas o OEDT (Observatório Europeu das Drogas e das Toxicomanias) já em abril de 2023 tentou fornecer um quadro técnico sobre o HHC e os potenciais riscos decorrentes deste novo mercado sem regulamentação.

O que sabemos sobre este canabinoide?

O que significa HHC?

HHC é a sigla de hexahidrocannabinol, um canabinóide produzido em quantidades muito pequenas pelas plantas de cannabis sativa, encontrado principalmente no pólen e nas sementes da planta.

O que é o HHC?

A sintetizar e descobrir pela primeira vez o
HHC (hexahidrocannabinol)) foi Roger Adams em 1940. Adams era um pesquisador de química americano, na época diretor do Departamento de Química da Universidade de Illinois.

O HHC é definido como um cannabinoide sintético ou semi-sintético
Trata-se de um canabinóide presente em concentrações muito pequenas nas sementes e no pólen do cânhamo. A sua extração da planta pode ser muito complexa, além de cara e pouco rentável. Por isso, uma vez identificada a sua estrutura molecular, prefere-se reproduzi-lo em laboratório.

pt
Tem uma
estrutura química semelhante à do THC (tetraidrocanabinol) o canabinóide da cannabis que provoca efeitos psicoativos.

Apesar de ter sido descoberto em 1940, os efeitos farmacológicos e toxicológicos do HHC nos seres humanos nunca foram estudados.

Em Itália e na Europa, foi vendido como a alternativa legal ao THC, mas se os efeitos do HHC parecem ser semelhantes aos produzidos pelo THC,
pt
há grande incerteza sobre os efeitos a curto e longo prazo das suas reproduções sintéticas
, que podem causar psico toxicidade inesperada. Se quiser ler orelatório técnico do OEDT (EMCDDA)
, está disponível em pdf em inglês em
esta página.

Qual é o efeito do HHC?

O HHC foi identificado pela primeira vez na Europa em maio de 2022. Desde então, surgiram outros compostos sintéticos semelhantes, como o acetato de HHC (HHC-O) e o hexahidrocannabiforol (HHC-P).

Como vimos, um número muito pequeno de estudos laboratoriais em animais sugere que o HHC tem efeitos muito semelhantes aos do THC. Este dado parece ser confirmado por quem o consumiu e pelo relatório do Observatório Europeu das Drogas e Toxicomanias de Lisboa.

Os efeitos do HHC podem ser então:

euforia
senso de relaxamento
ilarità
senso de fome
ansiedade
taquicardia
percepções temporariamente alteradas
diminuição de eventuais dores

Então o HHC dá onda? Uau, que legal!

Eh já, a comunicação e o marketing em torno do HHC baseiam-se precisamente no slogan: "O substituto legal e seguro do THC".

O problema, no entanto, é que a produção de HHC quase nunca está em conformidade com as "boas práticas de fabricação" que regulam o mercado de alguns produtos naturais, como os à base de CBD, por exemplo.

Tratando-se de um composto sintético não regulamentado nem testado, não é possível saber quais poderiam ser os efeitos provocados pelos subprodutos sintéticos e pelas contaminações com os resíduos da extração ou do processo de hidrogenação.

Mas isso não te dizem!

O HCC é legal em Itália?

No, desde 13 de julho de 2023, o Ministério da Saúde incluiu oHHC na tabela de substâncias estupefacientes e psicotrópicas, ao abrigo do decreto do Presidente da República, 9 de outubro de 1990, n.º 309.

Para ser o mais preciso possível, na tabela I do decreto onde estão presentes todas as substâncias estupefacientes e ilegais, foram inseridos o HHC, o acetato de HHC, o HHCO, o HHC_P e o HXC.

O Ministério da Saúde indica no decreto as seguintes motivações:

HHC, HHC-acetato e HHC-P são canabinoides semissintéticos, relacionados estruturalmente ao THC

um relatório técnico sobre a substância publicado pelo Observatório Europeu das Drogas e Toxicodependências de Lisboa, considera os seus efeitos idênticos aos do THC

a associação Empresários do Cânhamo em Itália sinalizou a presença no mercado italiano e europeu de produtos contendo HHC

A possível toxicidade do HHC pode causar sérios problemas para quem o consome

em 2022, o HHC foi alvo de várias apreensões em Itália

A legalidade da venda de HHC está relacionada com as legislações de cada estado. Até há pouco tempo, a Itália encontrava-se numa zona cinzenta de vazio legislativo que muitos produtores pensaram em aproveitar. No entanto, as coisas mudaram rapidamente, mas era previsível.

Analisando o parágrafo seis do artigo 14 do dpr 390/90, de facto, estava claro que também "os tetraidrocanabinóis, os seus análogos naturais,as substâncias obtidas por síntese ou semissíntese que sejam atribuíveis a eles por estrutura química ou por efeito farmaco-tóxico" poderiam ter sido proibidos.

O artigo de lei, anterior à última revisão de 13 de julho, prossegue declarando ilícitas todas as plantas que contenham princípios ativos capazes de provocar alucinações ou distorções sensoriais, bem como substâncias análogas obtidas por síntese química. Dado queos efeitos do HHC nunca foram explorados do ponto de vista científico(ao contrário do THC, sobre o qual existe uma vasta literatura) e não existem regulamentações relativas à sua síntese, não é possível excluir que possa ser capaz de alterar o sistema nervoso central e provocar efeitos secundários até importantes.

Esta é a principal razão pela qual, em Itália, mas também em França, o HHC foi tornado ilegal.

HHC e THC: analogias e diferenças

É inegável que o claim de marketing tem bases reais. Tal como oTHCe o CBD de facto, o HHC pareceria ser capaz de se ligar aos recetores CB1 e CB2 presentes no nosso sistema endocanabinoide.

Apresenta uma estrutura química e molecular semelhante ao THC, mas continua a ser um canabinoide com características diferentes.

A primeira diferença fundamental é que o HHC, embora esteja naturalmente presente na planta de cânhamo, só pode ser obtido através do processo de hidrogenação do THC. Graças a este processo, o HHC passa a possuir átomos de carbono hidrogenados, uma ligação adicional de carbono e um átomo de éster, que o THC não tem.

O HHC, além disso, parece ser um composto mais estável do que o THC e menos suscetível à degradação por exposição ao calor e à luz. Esta característica torna-o interessante para os produtores de canabinoides, pois permitiria a sua conservação a longo prazo.

Outra diferença não menos importante é que, no momento, a venda de THC é proibida em vários países, enquanto a venda de HHC, por enquanto, é proibida apenas na Itália e na França.

Diversos produtores afirmam sem bases científicas que o HHC é um canabinoide seguro como os outros canabinoides naturais, mas ainda não existem estudos reconhecidos sobre os efeitos deste canabinoide e a sua potencial toxicidade para os seres humanos. Existem, no entanto, muitos estudos sobre o THC, que apesar de ser ilegal, é utilizado também como cannabis terapêutica em contextos hospitalares.

O HHC é detetado em testes anti-drogas?

Não há ainda clareza científica sobre este ponto, no entanto, dada a estrutura molecular semelhante ao THC, pode-se supor que o HHC poderia ser detectado em análises antidroga que utilizam técnicas avançadas.

Poder-se-ia, no entanto, argumentar que, precisamente por a estrutura molecular ser semelhante mas não igual, o HHC se decomponha em metabólitos diferentes dos do THC e que, portanto, não sejam detectáveis pelos testes antidroga, mas, visto o decreto de atualização da Tabela I de 13 de julho, certamente encontrarão uma forma de detectar o HHC e seus derivados num teste.

A decisão de consumir ou não consumir HHC não deve depender do medo de ser descoberto, mas da vontade de não consumir uma substância sobre a qual ainda não existem estudos científicos em humanos, que, atenção, existem para inúmeras substâncias entorpecentes.

Esperamos que, com o tempo, a pesquisa possa fornecer respostas aprofundadas e estudos de caso sobre o uso e os efeitos do HHC nos seres humanos, até lá...
Keep safe...

O HHC é seguro? O que diz a ciência

Por isso estudo sobre analgésicos sintéticos derivados dos canabinoides
, foram reproduzidos em laboratório compostos hidroxilados semelhantes ao hexahidrocannabinol e foram administrados a animais de laboratório que já tinham recebido HHC. O HHC teve uma potente ação analgésica nos animais, mas o composto sintetizado não se mostrou ativo da mesma forma. Além disso, esses compostos sintéticos provocaram uma alteração no comportamento dos animais não anestesiados. Dois dos compostos produziram efeitos semelhantes aos dos canabinoides e outros dois parecem ter causado depressão nos animais.

Em um artigo publicado em Novembro de 2022 na Cannabis and Cannabinoid Researchsobre o HHC no mercado da cannabis light, a grande preocupação dos pesquisadores concentra-se no fato de que, apesar da falta de estudos aprofundados sobre a ação, potência, toxicidade e segurança do HHC, este canabinoide está encontrando espaço no mercado com muita facilidade.

Certamente, afirmam os pesquisadores, este fenómeno ocorre devido à falta de clareza legislativa. A intenção de quem trabalha com cannabis, canabinoides e segurança a nível científico, no entanto, é incluir nos testes analíticos, que normalmente envolvem Δ9-THC, THC-A, CBD e CBD-A, também compostos "novos" que podem não ser totalmente seguros, causar dependência e outros efeitos secundários, como o HHC.

O CBD é melhor

Ao contrário do canabidiol, o HHC não é regulamentado nem amplamente estudado, e os efeitos a longo prazo no corpo humano ainda não são claros. Isso significa que pode acarretar riscos para a saúde. Pelo contrário, o CBD tem sido objeto de numerosos estudos científicos durante décadas, demonstrando ser seguro, legal e bem tolerado pela maioria das pessoas. Graças às suas propriedades anti-inflamatórias, relaxantes e analgésicas, o CBD oferece todos os benefícios da cannabis sem efeitos psicoativos ou riscos desconhecidos, representando a melhor escolha para quem deseja cuidar de si de forma natural e segura. Todos os nossos produtos à base de CBD são testados por laboratórios independentes para garantir a máxima segurança.
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